Poupança por assinatura – modalidade de investimento com depósitos periódicos programados, cujos pagamentos são debitados diretamente do cartão de crédito.
Termo correspondente em inglês – savings account for signature
Veja também – depósito a vista; cartão de crédito; fintech; poupança; poupança programada e caderneta de poupança.
Afinal, o que é Poupança por Assinatura?
Apesar da nomenclatura “poupança por assinatura”, essa modalidade de investimento nada tem haver com a tradicional caderneta de poupança. Isso por que os recursos captados não são direcionados para a poupança somente.
Ao contrário, para tornar a poupança por assinatura mais atrativa, os depósitos são direcionados para um CDB de liquidez diária, na maioria das vezes, já que a rentabilidade da poupança tradicional é muito baixa e seu ganho real, próximo de zero ou até negativo.
Ganhou esse “apelido” devido a sua sistemática de captação de recursos através de uma assinatura. Com ela, é possível descontar do seu cartão de crédito valores mensais e até mesmo semanais.
A poupança por assinatura nada mais é do que uma aplicação financeira programada, com periodicidade determinada, direcionada para títulos ou fundos de renda fixa.
Semelhante ao que acontece na poupança programada.
Apesar de pouco conhecida, investir a longo prazo numa poupança por assinatura pode ser uma ótima alternativa de investimento para quem dispõe de poucos recursos no mês mas quer investir alguma quantia mensalmente.
Como funciona a poupança com cartão de crédito?
Além de fintechs, alguns bancos já estão aderindo este novo serviço em suas plataformas.
Nessa modalidade de investimento, o cliente informa o valor que quer guardar por semana, quinzena ou mês e o cartão de crédito no qual serão debitados os valores. Geralmente algo entre R$10 a R$1.000.
Aliás, essa é a grande vantagem dessa modalidade, a pessoa investe no automático. Basta cadastrar seu cartão de crédito e todo mês terá um valor investido. Faça chuva ou faça sol.
Desta forma, a cada semana, quinzena ou mês, a operadora do cartão de crédito é autorizada a debitar o valor definido pelo investidor e transferi-lo para a instituição financeira ou corretora.
A instituição financeira ao receber esse valor, reaplica o dinheiro para que possa render juros. Geralmente, algum título que renda mais que a caderneta de poupança tradicional.
Há ainda a possibilidade de os clientes fazerem depósitos extras por meio de transferência – DOC, TED ou Pix – nova modalidade de pagamentos e transferências do Banco Central.
Assim como na poupança tradicional a liquidez é imediata e o resgate é em D+0.
Para onde vai o dinheiro? E quanto rende?
Isso dependerá, uma vez que esse tipo de investimento ainda não é regulamentado pelo Banco Central. Os recursos captados poderão ser destinados, desde uma simples poupança até fundos de renda variável, desde que constem no prospecto, no momento da contratação.
Em geral, aplica-se tais recursos em fundos de renda fixa – CDB de liquidez diária.
Vale destacar que a rentabilidade da poupança tradicional é a mesma em qualquer instituição e isenta de tributos, enquanto que no caso da poupança por assinatura essa rentabilidade pode variar de instituição para instituição, bem como, sua tributação.
Há de se ressaltar também que poupança por assinatura também tem a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (“FGC”). Isso significa que, caso a instituição tenha algum problema (dê o chamado “calote”) ou venha decretar insolvência, o investidor recebe o valor investido até R$250 mil.
Os perigos da poupança programada. O que pode dar errado?
Apesar de parecer seguro e contar com a segurança do Fundo Garantidor de Créditos (“FGC”), a poupança por assinatura pode ser perigoso caso a pessoa, por algum motivo, não consiga pagar a fatura do cartão de crédito, na data do seu vencimento. Sabemos que os juros rotativos do cartão de crédito são os mais altos existentes no mercado.
Num exemplo hipotético demonstrado pelo Aplicativo Renda Fixa (https://www.apprendafixa.com.br), se uma pessoa deseja aplicar mil reais uma única vez para experimentar a poupança por assinatura e esquecer de pagar a fatura do cartão de crédito, ela entrará no rotativo.
Rentabilidade da Poupança, após 30 dias | Rentabilidade em Renda Fixa, após 30 dias | Dívida do Cartão de Crédito com a Poupança Programada |
Taxa 2,93% a.a | Taxa 8,43% a.a pré-fixada | Taxa 306,2% a.a |
R$1.024,42 | R$1.083,60 | R$3.754,10 |
Ou seja, o hábito de poupar pode gerar um risco maior que é o pagamento de juros muito superiores que qualquer ativo financeiro possa oferecer.
Origem da Poupança por Assinatura
Aqui no Brasil, o termo foi cunhado pela primeira por André Vilar, cofundador da fintech Monis (https://www.monis.com.br) e apenas ela oferece esse tipo de serviço até o momento, embora a maioria dos bancos e as associações de poupança e empréstimos ofereçam uma modalidade de poupança muito parecida, com depósitos programados.
Sinônimos para Poupança por Assinatura
O termo também pode ser visto como poupança especial, super poupança ou poupança programada.
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Fontes de pesquisa e de referência
Para produzir esse conteúdo tivemos a ajuda dos seguintes autor(es) e publicações:
- APP RENDA FIXA. Poupança por assinatura: quem pode investir? Blog. Disponível em: <https://blog.apprendafixa.com.br/investimentos/poupanca-por-assinatura-quem-pode-investir/>. Acesso em: 16 nov. 2021.
- VILAR, André. Você sabe o que é poupança por assinatura? Blog. Disponível em <https://consumoempauta.com.br/poupanca-por-assinatura/> Acesso em: 09 jan. 2022.
Como citar esse artigo em seus trabalhos
Poupança por assinatura. In: Dificio – seu dicionário on-line de finanças, investimentos e contabilidade, 2021. Disponível em: <https://www.dificio.com.br/poupança-por-assinatura>. Acesso em: dia, mês e ano.