Escola de pensamento econômico monetarista, reunida em torno de Milton Friedman e outros professores da Universidade de Chicago, e que sustenta a possibilidade de manter-se a estabilidade de uma economia capitalista apenas por meio de medidas monetárias, baseadas nas forças espontâneas do mercado. Milton Friedman, o principal teórico do grupo, considera a provisão de dinheiro o fator central de controle no processo de desenvolvimento econômico. Explica as flutuações da atividade econômica não pelas variações do investimento, mas apenas pelas variações de oferta de dinheiro — entendida como a demanda monetária que depende da renda permanente dos agentes econômicos. A escola de Chicago baseia-se na teoria quantitativa da moeda, formulada por meio de uma equação que estabelece uma relação entre os preços, o número de transações e o volume do dinheiro e sua velocidade de circulação na economia: a quantidade de dinheiro em circulação é considerada o determinante principal do nível dos preços, que pode ser influenciável por determinadas formas de política monetária. Dessa maneira, a inflação, por exemplo, é vista como fenômeno puramente monetário. Apoiando-se numa forte crença nos mecanismos de competição e nas forças do livre-mercado, a escola de Chicago é contrária a qualquer política pós-keynesiana de participação do Estado na expansão das atividades econômicas, sustentando que qualquer intervenção desse tipo é inútil e nociva e que apenas uma correta política monetária pode levar à estabilidade econômica. Além de Friedman, destacam-se na escola de Chicago os economistas Henry Simons, F.A. von Hayek, Frank Knight e George Stigler. A atuação de Friedman como conselheiro econômico do governo chileno do general Pinochet provocou veementes protestos de setores liberais da comunidade científica internacional, tornando conhecida do grande público a Escola de Chicago como inspiradora de recentes políticas econômicas ortodoxas recessivas, praticadas por governos autoritários sul- americanos. Veja também Friedman, Milton; Monetarismo.