Doutrina econômica segundo a qual o fluxo de mercadorias e serviços entre os países não deve ser submetido a tarifas, a restrições quantitativas, ou a quaisquer outros impedimentos criados ou encorajados por intervenção governamental direta. Baseia-se na tese segundo a qual o uso pleno dos recursos econômicos mundiais e a consequente melhoria dos padrões de vida seriam inversamente proporcionais às obstruções ao comércio entre países. Deriva da teoria clássica do comércio internacional, que em fins do século XVIII reagiu contra o protecionismo da doutrina mercantilista, reforçando um novo liberalismo econômico ligado à doutrina do laissez-faire. O livre-comércio prevaleceu na Inglaterra por quase um século, enquanto o país dominava o comércio internacional. Após a Primeira Guerra Mundial, o nacionalismo econômico atingiu seu apogeu e o livre-comércio foi substituído pelo protecionismo. Depois da Segunda Guerra Mundial, no entanto, desenvolveram-se internacionalmente o combate ao protecionismo e a busca de redução das barreiras comerciais, sobretudo em relação aos bens manufaturados. Veja também Laissez-faire; Mercantilismo; Protecionismo.