Construções abstratas de natureza matemática utilizadas para explicar ou controlar determinado aspecto da realidade econômica. Os modelos econômicos buscam captar a essência de uma estrutura determinada, suas relações internas, sua evolução, os fatores que determinam as mudanças e os caminhos a ser adotados para manter-se o equilíbrio do sistema produtivo. Podem englobar pequenas realidades econômicas (empresas isoladas, economias familiares) ou então o conjunto das relações econômicas de uma sociedade. No primeiro caso, os modelos são de natureza microeconômica; no segundo, de natureza macroeconômica. No entanto, algumas construções respondem simultaneamente aos dois níveis de análise: é o que acontece com os modelos de input-output (insumo-produto), formulados por W. Leontief. Um tipo de modelo macroeconômico é o Modelo Harrod-Domar, de origem keynesiana, construído para mostrar que, numa determinada economia, o pleno emprego só pode ser mantido sob a condição de a renda nacional aumentar constantemente a certo ritmo. Mas, para chegar a essa conclusão, uma série de variáveis teve de ser examinada: propensão a poupar, propensão a consumir, propensão a investir, renda, nível de emprego, eficiência marginal do capital e nível de intervenção do poder público na economia. Além das contribuições de Leontief, Domar e Harrod, a teoria dos modelos econômicos deve bastante a Kalecki, Kaldor, Joan Robinson, Samuelson, Solow, Goodwin e Baumol.