Metal precioso, amarelo, brilhante, pesado (densidade: 19,3 g por cm3) e dúctil, utilizado para a fabricação de moedas, ornamentos, joias e de ampla utilização odontológica e industrial. Metal nobre por excelência, seu ponto de fusão é de 1.0640 C, sendo um excelente condutor de eletricidade. É utilizado como moeda desde épocas as mais remotas — as primeiras cunhagens conhecidas datam da época dos reis da Lídia (568 a.C.). A purificação do ouro consiste no processo de separar o metal das impurezas ou ligas com que é encontrado na natureza. Dentre os vários processos de purificação, os mais utilizados são os seguintes: cianetação — usado em minérios com pequenas porcentagens de ouro, consiste em colocar o minério em forma de pó, sob imersão, em soluções de cianeto de sódio, agregando-se posteriormente zinco, para a precipitação do ouro. Posteriormente, filtra-se a solução, obtendo-se o ouro com cerca de 99% de pureza. Este método foi descoberto no final do século XIX e teve grande importância em ampliar e baratear a produção de ouro, especialmente nos Estados Unidos; quarteação — funde-se o minério de ouro a ser purificado, juntamente com outro metal solúvel em ácidos. Submete- se o produto da fusão à água-régia (mistura dos ácidos clorídrico e nítrico), separando-se o ouro do outro metal, que é solúvel em ácidos, ao contrário do ouro; via úmida — consiste na dissolução do metal em água- régia, convertendo-o em forma metálica novamente por meio de redutores. Após a transformação ou precipitação seletiva do ouro, ele é filtrado e a seguir fundido em fornos a indução ou a gás liquefeito de petróleo e, finalmente, vazado em lingoteiras; eletrólise — processo mais complexo, normalmente usado para atender a exigências de padrões internacionais, uma vez que dele pode obter-se grau de pureza equivalente a 99,99%. Consiste em depositar o ouro a ser purificado numa solução (eletrólito) que contém ouro dissolvido. A deposição é feita no anodo (eletrodo positivo) para o catodo (eletrodo negativo); no anodo encontra- se a porção de ouro que se deseja purificar e no catodo, lâminas de ouro de pureza mais elevada. Após a eletrólise, o ouro purificado é fundido e vazado em lingoteiras; miller — consiste em purificar mediante a fundição e a utilização de gases na massa fundida, obtendo-se um grau de pureza de aproximadamente 98%; copelação — processo muito utilizado na Antiguidade e consistente na fundição do metal a ser purificado em formas fabricadas com farinha de osso denominadas copelas (cadinhos). O ouro é colocado na copela juntamente com o chumbo, que oxida as impurezas metálicas não nobres, e que são absorvidas pela forma, restando assim sobre a superfície da copela o metal nobre. O inconveniente desse processo é que não separa inteiramente o ouro, uma vez que outros metais, como a prata, o paládio e a platina, existentes eventualmente no minério, permanecem a ele incorporados. Veja também Ciclo do Ouro; Karat; Mercado de Ouro em Barra; Padrão-Ouro; Pool Internacional do Ouro; Toque (Fineza).