Unidade de medida que expressa: 1) o toque do ouro, isto é, a relação do peso do metal nobre com o peso total da moeda cunhada (ou da peça de ouro fabricada). O máximo de toque de uma peça de ouro corresponde a 24 quilates, quando a moeda seria fabricada com ouro puro. As moedas de ouro, no entanto, contêm uma pequena parcela de outros metais, de tal forma que as moedas de ouro cunhadas em Portugal e no Brasil tinham geralmente 22 quilates (vigésima quarta parte da onça); 2) medida de peso utilizada pela Casa da Moeda do Brasil antes da adoção do sistema métrico decimal e equivalente a 4 grãos ou aproximadamente 198,4 mg; 3) unidade de medida utilizada para pesar pedras preciosas, especialmente diamantes e pérolas. Seu peso foi padronizado em 3,086 grãos ou 0,196806 g. Para facilitar as pesagens, o quilate é dividido em quatro partes denominadas grãos de quilate. Dessa forma, um diamante, por exemplo, pode pesar entre 2 e 3 quilates e seu peso será designado pela notação 2 quilates e 1/8. O quilate é utilizado também para determinar o grau de pureza do ouro. O grau máximo de pureza é designado por 24 quilates. Na medida em que o ouro aparecer combinado em liga com outro metal, ele terá menos de 24 quilates: assim, por exemplo, se uma joia contiver ouro de 18 quilates, o comprador saberá que a liga contém 18 partes de ouro para 6 partes do outro metal que compõe a liga. Geralmente, o ouro mais puro utilizado entre os ourives e para a cunhagem de moedas é o de 22 quilates, uma vez que são necessárias duas partes de outro metal a fim de conferir a dureza necessária para sua manipulação. O símbolo que designa o quilate é comumente a letra K: sua origem remonta à prática dos árabes, que pesavam o ouro com um tipo de feijão denominado karob.