Em termos históricos amplos, a expressão designa uma transformação radical no âmbito das forças produtivas, modificando profundamente a relação do homem com a natureza e, consequentemente, o modo de existência de toda a sociedade. Nesse sentido é que se pode falar na Revolução Neolítica (emprego da pedra polida) e na Revolução Metalúrgica (quando o homem começou a utilizar metais na fabricação de armas e instrumentos de trabalho). Em sentido mais restrito, referente à história econômica mais recente, engloba as inovações técnicas que se processaram durante e após a Revolução Industrial e que alteraram as formas e processos de produção, além de concorrer para o incremento da produtividade e da divisão social do trabalho. Esse revolucionário progresso técnico ocorreu como condição necessária para o processo de desenvolvimento e realização do modo de produção capitalista. Essas modificações técnicas foram acompanhadas também de profundas mudanças na estratificação social, nas relações entre as classes e no âmbito das estruturas políticas e jurídicas da sociedade moderna. Tomando-se como ponto de referência a Revolução Industrial, costuma-se determinar a existência de três revoluções tecnológicas ao longo dos séculos XIX e XX. A primeira delas correspondeu ao auge da Revolução Industrial e configurou-se com o emprego de máquinas a vapor nos mais diversos ramos da atividade produtiva, na primeira metade do século XIX. A segunda ocorreu no final do século XIX, com o emprego do motor elétrico — baseado na energia hidráulica — e do motor de explosão — movido a combustível derivado do petróleo. A terceira corresponde à utilização produtiva dos conhecimentos da eletrônica, da computação, da automação e da energia atômica. Apesar dos avanços verificados nesses setores, particularmente nos Estados Unidos, a partir da década de 40, discute-se se esses avanços são suficientes para caracterizar uma revolução propriamente dita, pois são ainda limitados seus efeitos no conjunto da atividade produtiva. Um dos defensores da existência de uma terceira revolução tecnológica em curso é o teórico Ernest Mandel, que a toma como objeto de estudo em sua obra O Capitalismo Tardio. Veja também Revolução Industrial; Tecnologia.