Religioso italiano, o maior pensador em Economia entre os escolásticos. Aceitando grande parte das concepções de Aristóteles, entre as quais a de justo preço, ele chegou a estabelecer uma distinção entre preço e valor. A ideia de justo preço seria equivalente ao valor ou ao preço normal ou inerente a uma mercadoria. Qualquer elevação acima dele representaria uma transgressão a um código moral. O comércio teria uma natureza má, mas se justificaria por ser algo benéfico ao público. Tomás de Aquino condenava a usura porque ela representava a busca do dinheiro, o qual não tinha nenhum valor de uso. Sua maior contribuição para o pensamento econômico encontra-se no seu texto Summa Theologica. Veja também Aristóteles.
Filósofo medieval. Sua obra Suma Teológica, escrita entre 1265 e 1273, contém ideias sobre problemas econômicos, sociais e políticos que serviriam de base para a atual doutrina da Igreja. Santo Tomás é favorável à propriedade privada, mas acha que cada proprietário deve levar em conta o bem comum na administração de seus bens, e não considera roubo a apropriação de um bem de outrem, em caso de extrema necessidade. No que se refere ao comércio, Tomás de Aquino defende sua legitimidade desde que se limite ao “justo preço” como recompensa pelo trabalho, e não como meio de enriquecimento. A cobrança de juros é condenada como injusta e antinatural, exceto em forma de uma multa convencional no caso de ultrapassar o prazo estabelecido. Veja também Doutrina Social da Igreja