Economista norte- americano. Recebeu o Prêmio Nobel de Economia de 1979, juntamente com Arthur Lewis, por seus trabalhos sobre a importância dos recursos humanos no desenvolvimento econômico e social e pela defesa do papel da agricultura no processo de desenvolvimento da economia como um todo. Em uma de suas principais obras, Transformando a Agricultura Tradicional (1964), Schultz propõe o fornecimento de incentivos, insumos modernos e o estabelecimento de uma estrutura realista de preços aos produtores agrícolas, como meio de desenvolver o potencial econômico da agricultura e tornar significativa sua contribuição à economia. Assim, ele tem sido um severo crítico da ênfase dada, nos países em desenvolvimento, a programas de industrialização em detrimento da agricultura, por meio da depressão forçada dos preços agrícolas. Criticou, além disso, os programas de ajuda, em forma de doação de alimentos, dos países desenvolvidos, por desestimular o setor agrícola dos países beneficiados. Outro aspecto da obra de Schultz destaca a importância do investimento em recursos humanos, principalmente em educação e pesquisa, por parte dos setores público e privado. Segundo ele, tais investimentos devem ser avaliados e comparados em seu retorno econômico com os tipos de investimentos tradicionais, como base para uma política de alocação de recursos, abandonando-se a noção simplificada de que a força de trabalho representa um fator homogêneo no processo produtivo. Schultz foi diretor do Departamento de Economia da Universidade de Iowa, em seguida desempenhou funções de economista agrícola na Alemanha, durante a ocupação norte-americana subsequente à Segunda Guerra Mundial. Em 1946, tornou-se diretor do Departamento de Economia da Universidade de Chicago, onde ainda permanece como professor emérito. Entre outras obras, escreveu: Redirecting Farm Policy (Redirecionando a Política Agrícola), 1943; Agriculture in an Unstable Economy (Agricultura numa Economia Instável), 1945; Production and Welfare in Agriculture (Produção e Bem-estar na Agricultura), 1950; The Economic Organization of Agriculture (A Organização Econômica da Agricultura), 1953; The Economic Value of Education (O Valor Econômico da Educação), 1963; Investment in Human Capital: The Role of Education and of Research (Investimento em Capital Humano: O Papel da Educação e da Pesquisa), 1971; Human Resources, Human Capital: Policy Issues and Research Opportunities (Recursos Humanos, Capital Humano: Questões Políticas e Pesquisa de Oportunidades), 1972; Distortions of Agricultural Incentives (Distorções dos Incentivos Agrícolas), 1978; e Investing in People: The Economics of Population Quality (Investindo em Pessoas: A Economia da Qualidade da População), 1981.