Conceito formulado por volta de 1960, com o objetivo de questionar os excessos e desperdícios industriais de um mundo altamente tecnológico e industrializado. Em princípio, o conceito opõe a qualidade à quantidade, questionando uma aparente abundância que toma a forma de um uso predatório dos recursos naturais do planeta, com graves consequências no meio ambiente e na qualidade de vida das populações. Se fosse aplicado ao período pré-industrial, a expressão “qualidade de vida” deveria fatalmente questionar problemas como higiene, falta de cuidados médicos adequados, redes insuficientes de esgoto, deficiências nos transportes e nas comunicações. Embora essa mesma abordagem ainda possa ser aplicada aos países subdesenvolvidos, atualmente a expressão levanta questões a respeito da poluição ambiental, do excesso de medicamentos, da predominância de certos meios de comunicação e todo um arsenal de necessidades discutíveis criadas pela sociedade moderna. O questionamento da qualidade de vida dos países industrializados ganhou força com o desenvolvimento do movimento ecológico, que já conta com algumas cadeiras nos Parlamentos de diversos países europeus, bem como com diversas associações bem estabelecidas nos Estados Unidos. Os ecologistas defendem uma melhoria da qualidade de vida a partir de uma exploração mais racional e equilibrada dos recursos naturais do planeta. Veja também IDH.